segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

IAP lança bolsas e livros premiados

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O Instituto de Artes do Pará (IAP) encerra nesta terça-feira, 21, as atividades desenvolvidas pela Gerência de Artes Literárias em 2010. A partir das 18 horas, o instituto realiza o lançamento dos livros e projetos literários premiados este ano. A entrada é franca.

A noite começa no Auditório do instituto, onde serão apresentadas as conclusões das Bolsas IAP de Pesquisa, Experimentação e Criação em Artes Literárias 2010, pelos escritores contemplados: Nilson Oliveira, vencedor com o projeto “Eutanásio”, baseado em experimentações sobre a obra de Dalcídio Jurandir, resultando em livro com o mesmo título; e Pedro Vianna, vencedor com o projeto “Identidade Solar”. O público poderá participar de um bate-papo com os autores sobre o processo de criação.

O escritor Vicente Franz Cecim, gerente de Artes Literárias do IAP, ressalta que em 2010, pela primeira vez, o Prêmio IAP de Artes Literárias foi dividido em Prêmio IAP de Edições Culturais, voltado aos gêneros Auto Popular, Ensaio e Cordel - este último incluso pela primeira vez na premiação, reforçando a valorização da cultura e tradições populares -, e Bolsa de Pesquisa, Experimentação e Criação em Artes Literárias, cujo objetivo é estimular a investigação e a concepção de novos caminhos temáticos e formais para a literatura produzida no Pará, buscando, ao mesmo tempo, interrogar suas raízes mais genuínas (pesquisa) e ampliar seus horizontes teóricos e práticos (pesquisa e experimentação).

“Ao longo desses anos, através da realização do Prêmio IAP, conhecemos mais de perto as necessidades dos autores, e percebemos que precisávamos estimular a pesquisa em literatura, permitindo que os autores estudem e façam experimentações em termos de linguagem e nas temáticas e, nesse processo, inserir a literatura paraense na contemporaneidade”, diz ele.

Para Jaime Bibas, presidente do IAP, a criação da Bolsa de Pesquisa, Experimentação e Criação em Artes Literárias é fruto do êxito das experiências conquistadas com as bolsas ofertadas às demais categorias artísticas. “Em 2010 o IAP estendeu aos autores paraenses a possibilidade de pesquisar e experimentar a linguagem artística em si, da mesma forma como os contemplados das bolsas das outras categorias já vinham fazendo com sucesso. E este é um diferencial nosso em relação às outras bolsas de estímulo à literatura do país”. Este é o único prêmio de estímulo à literatura em toda a região Norte.

Na Varanda do instituto, acontecem as sessões de autógrafos dos quatro livros vencedores do Prêmio IAP de Edições Culturais 2010: na categoria Auto Popular, Raimundo Harles Oliveira Carneiro autografa “O Filho do Sereno”; e no gênero Ensaio, Karina Jucá autografa “Andara: Vicente Franz Cecim e a Narrativa Ontológica”. Os outros dois contemplados foram Antônio Juraci Siqueira, com “O Menino Que Ouvia Estrelas e se Sonhava Canoeiro”, e Jaziane Almeida Malcher, com “Tempos Melhores Virão” (cordel).

Criado em 2002, o Prêmio IAP de Literatura foi o primeiro no Estado a garantir a publicação das obras contempladas, ampliando assim as possibilidades de projeção nacional e internacional dos escritores. Já foram publicados, ao todo, 28 livros, nos gêneros Conto, Romance, Poesia, Teatro, Literatura Infantil, Dramaturgia, Ensaios, Auto Popular e História em Quadrinhos.

SERVIÇO: Lançamento dos livros e projetos literários premiados pelo Instituto de Artes do Pará (IAP) em 2010. Nesta terça-feira, 21, a partir de 18h, na sede do instituto (Praça Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica de Nazaré). Informações: 4006-2909.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Lila Bemerguy apresenta instalação fotográfica em Santarém

Imagens da Santarém de ontem e de hoje compõem a exposiçao “Olhares Cruzados”, que a fotógrafa Lila Bemerguy abre neste sábado, dia 18h, às 20 horas, em Santarém. A mostra integra o Circuito das Artes, que apresenta ao público o resultado das Bolsas de Pesquisa, Criação e Experimentação Artística concedidas pelo Instituto de Artes do Pará (IAP) no ano de 2010. A fotógrafa pesquisou a história e a obra fotográfica de seu avô paterno, Vidal Bemerguy, e novamente fotografou os lugares registrados por ele. A mostra será em formato de instalação fotográfica, com imagens em preto e branco de autoria de Lila, Vidal e outros autores anônimos.


"Olhares Cruzados” será montada inicialmente no Casarão do Barão de São Nicolau, na rua Floriano Peixoto, no centro da cidade. O casarão preservado, onde reside o também fotógrafo Edson Queiroz, foi escolhido não somente pela sua importância histórica, mas por ser um dos poucos preservados na cidade, cuja história arquitetônica foi tão descaracterizada ao longo dos anos.


A instalação conta com 25 imagens em preto e branco de autoria da fotógrafa, produzidas com câmera analógica e copiadas em laboratório. “Não quis fazer digital, para homenagear a forma como os fotógrafos trabalhavam”, explica. Além das imagens, a mostra terá objetos de época, fotos originais de Vidal Bemerguy e projeção de imagens de Santarém, feitas entre 1950 e 1970.


No decorrer da pesquisa, Vidal Bemerguy, que atuou como fotógrafo em Santarém entre os anos 50 e 70, acabou se tornando um símbolo de todos os fotógrafos anônimos, ou que não deixaram assinatura nas suas imagens, mas que fizeram com que a história de uma cidade não fosse sepultada em escombros e ruínas, mas permanecesse viva no tempo suspenso da fotografia. “É como se revivesse os lugares escolhidos pelo olhar do meu avô”, diz Lila.


O resultado final foi concebido a partir do desejo de proporcionar ao visitante a idéia de circular numa casa onde mora alguém que possui “alma fotográfica”, um personagem apaixonado por essa atividade, que poderia ser Vidal, ou mesmo qualquer um dos fotógrafos que passaram por Santarém. Inserido neste espaço está o trabalho produzido pela fotógrafa, que dessa forma se funde, se cruza com aqueles olhares do passado.


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“Lila Bemerguy propõe um curioso encontro entre duas gerações de fotógrafos da cidade de Santarém. Ao revisitar e fotografar locais que serviram de tema para outros fotógrafos que ali, entre as décadas de 1950 e 1970, desenvolveram seu trabalho – dentre eles, Vidal Bemerguy, seu avô –, e mesclá-los a fotos objetos e anotações que dizem respeito a esse período, Lila promove o encontro de olhares separados por 50 anos”, explica Alexandre Sequeira, curador dos projetos em Artes Visuais contemplados pelo IAP. “A decisão de expor o resultado de sua pesquisa no Solar Barão de São Nicolau – sobrado edificado em 1867 –, revela a preocupação da artista em, a partir do encontro entre passado e presente, suscitar nos moradores de sua cidade natal o interesse por redefinir os modelo escolhidos para seu futuro”, completa.


O Circuito das Artes apresenta ainda duas outras exposições: “Elucubrações”, de Elaine Arruda, e “Recortes”, de Ruma, na Galeria da Associação Fotoativa (Praça das Mercês, 19, Comércio, em Belém), com visitação até 14 de janeiro de 2011, de segunda a sexta, de 9h às 18h, e aos sábados, de 9h às 13h.


Serviço: Instalação Fotográfica “Olhares Cruzados”, de Lila Bemerguy.

Vernissage: dia 18, sábado, às 20h, no Casarão do Barão de São Nicolau (Rua Floriano Peixoto, 346, Centro, Santarém). Visitação até dia 23/12. De 05 a 30 de janeiro de 2011, no SESC Santarém (Rua Floriano Peixoto, 535). Entrada franca.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Circuito das Artes reúne dez atrações nesta quinta-feira, dia 16


Artes visuais, música, teatro e dança se encontram no Circuito das Artes desta quinta-feira, dia 16. A programação apresenta ao público o resultado das Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010 do Instituto de Artes do Pará (IAP). O programa de bolsas é a principal ação do IAP e possibilita a artistas paraenses a realização de projetos durante um ano, tendo como base a experimentação, a produção e o aperfeiçoamento em diversas linguagens artísticas. Os projetos são selecionados pelo Conselho Diretor do IAP, via edital, publicado no início do ano. O evento começa às 18h, na sede do instituto, que fica em Nazaré, ao lado da Basílica. A entrada é franca.

A programação comemora ainda os dez anos do IAP. Para o presidente do instituto, Jaime Bibas, a data é representativa. “Estamos celebrando a primeira década de um instituto criado para trabalhar a qualificação do artista, a excelência do discurso artístico. Nesse período, o IAP se firmou como um órgão que tem essa especificidade, mantendo programas como os editais de bolsas e publicação de livros, além de outras atividades continuadas”, afirma.

O Circuito das Artes desta quinta-feira reúne dez atrações, com uma pequena mostra dos projetos contemplados em 2010. A primeira atração será o espetáculo “Os Trágicos da Cidade”, de Lu Maués. O espetáculo foi criado a partir de uma investigação sobre a cena teatral de rua em Belém, por meio das vivências artísticas dos atores da Entreatos Companhia de Arte, Emerson de Souza, Jhonny Russel, Milton Aires e Lu Maués.

Além de Lu Maués, se apresenta o músico Leonardo Venturieri, com "Microtoniza-te", resultado do projeto “Symphonia Globulifera: Microtonalismo e Timbres Florestais”. O objetivo da pesquisa foi, a partir do estudo do microtonalismo, presente na música oriental, preparar e construir instrumentos que pudessem dar conta desta sonoridade. Além de preparar violões microtonalizados, o músico criou e construiu rabeca, baixo e violoncelo utilizando bambu e cabaça. A partir daí, compôs seis músicas, em parceria com André Macleuri, utilizando estes instrumentos.


Outra atração será a apresentação do projeto “Máscara, uma linguagem popular”, de Marcelo Siqueira, que enfatizou a figura do mascarado Pierrô, presente no Boi de Máscaras de São Caetano de Odivelas, e trabalhou técnicas para preparar o corpo do ator para a utilização/manipulação da máscara. As experimentações foram realizadas no Bosque Rodrigues Alves e numa sala de ensaio, construindo cenas com as máscaras do pierrô, larvária e psicológica, que deram formato a um espetáculo lírico e divertido, baseado na linguagem universal do teatro: o gesto.

Às 18h30 entra em cena o músico Fábio Cavalcante, com o projeto “Músicas de Domínio Público do Folclore Santareno”, que possibilitou o mapeamento e o registro em partituras de músicas tradicionais de Santarém e a criação de arranjos baseados nessas músicas para serem tocadas pela Filarmônica Municipal Prof. José Agostinho.


Por meio de entrevistas, foram coletadas 46 músicas do folclore santareno, pertencentes a diversas manifestações: cordões de pássaros, bois, cantigas de roda, de ninar, pastorinhas, etc. Entre os entrevistados estão o grupo Nossas Lembranças, do bairro do Santarenzinho, quarteto de pau e corda que tem no repertório músicas do folclore local; e o compositor Chico Malta, mestre griô da vila de Alter-do-Chão. Todas as músicas foram gravadas e transcritas em partituras e estão reunidas num único volume.

A programação segue com a apresentação da videodança “Sincronicidade”, de Marina Mota; que partiu da observação do movimento das pessoas, também chamado de “corpo cotidiano”, nas praças da República, Batista Campos e do Carmo; o espetáculo “Serpentinas e Poesia”, de Ana Flávia Mendes, baseado na obra carnavalesca de Paes Loureiro, com a Companhia Moderno de Dança e o Grupo de Dança Moderno em Cena; e a videodança e performance “Curimbó”, de Danilo Bracchi, que registrou improvisações estimuladas por movimentos percussivos do curimbó.

VISUAIS
Além das apresentações de artes cênicas e musicais, o Circuito das Artes desta quinta-feira traz ao público os resultados dos projetos “As Ondas: Um encontro de escorrego entre a arte e o surf”, de Danielle Fonseca; e “Eclipse”, de Laércio Esteves, no auditório do IAP.

Danielle Fonseca produziu um vídeo onde propõe discutir a relação entre arte contemporânea, filosofia e o surf, baseado em textos de Gilles Deleuze e Daniel Lins. O filme é dividido em dois momentos: imagens feitas em Mosqueiro e Salinas com um roteiro baseado no poético, e depoimentos e reflexões.

Laércio Esteves produziu um vídeo de animação em stop-motion que usa a metalinguagem para provocar uma reflexão sobre a evolução da fotografia. A animação é livremente inspirada na história do cientista árabe Alhazen (Abu Ali al-Hasan Ibn Al-Haitham), responsável pela construção da primeira câmara escura. O público poderá observar ainda estandartes produzidos por Mestre Nato como resultado do projeto “Sagrado Sincretismo”.

SERVIÇO
Circuito das Artes, com resultado das Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010 do Instituto de Artes do Pará (IAP). Nesta quinta-feira, 16, a partir das 18h, com dez atrações, na sede do instituto (Praça Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica de Nazaré). Todas as apresentações têm entrada franca. Confira a programação completa no blog do IAP (http://blogdoiap. blogspot.com). Informações: 4006-2945.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Imaginário amazônico em foco


O imaginário amazônico presente em histórias repassadas de geração a geração foi a inspiração para o projeto realizado por Elizangila Dezincourt, contemplado pelo edital de Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010, do Instituto de Artes do Pará (IAP). O espetáculo “O Fantástico Expressionismo do Imaginário Amazônico” será apresentado nesta terça (14), às 19h, no Cine Sesc de Santarém, dentro do Circuito das Artes.

Elizangila explica que iniciou a pesquisa recolhendo histórias nos municípios de Óbidos, Oriximiná, Alenquer, Juruti e Santarém. Ela visitou bibliotecas, universidades e entrevistou pessoas conhecidas como contadores de histórias em diversas comunidades. “Encontramos diferentes versões das mesmas histórias, como as lendas do boto e da cobra grande. Mas em todos os lugares os contadores ligam essas histórias à vida deles, como testemunhas ou mesmo protagonistas”, revela.

Todos os depoimentos foram registrados em cinco vídeos e transcritos junto com o material bibliográfico. Elizangila fez uma triagem do material levantado e, a partir daí, criou o espetáculo.

“Foi um processo difícil, pois se trata de um material muito amplo e rico, mas graças à bolsa do IAP, pude desenvolver o projeto com a seriedade e a profundidade que o tema exigiu”, conta Elizangila, que além da pesquisa, assina o texto e a direção da peça.

Com formação em Letras, a pesquisadora pretende agora desdobrar o projeto, editando os vídeos com recursos de animação para ilustrar as histórias, além de lançar um livro. Em janeiro ela irá realizar uma temporada de O Fantástico Expressionismo do Imaginário Amazônico”, percorrendo as cinco cidades visitadas durante a pesquisa.

SERVIÇO

Circuito das Artes, com resultado das Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010, do Instituto de Artes do Pará (IAP). Terça-feira (14), às 19h, no Cine Sesc de Santarém (Rua Floriano Peixoto, 535, Centro), espetáculo O Fantástico Expressionismo do Imaginário Amazônico”, de Elizangila Dezincourt. Apoio: Sesc Pará. Entrada franca. A programação do Circuito das Artes segue até janeiro de 2011, sempre com entrada franca. Mais informações: 4006-2945.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Programação do Circuito das Artes 2010


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Bolsistas do IAP apresentam teatro, dança e videodança


O Instituto de Artes do Pará (IAP) dá prosseguimento ao Circuito das Artes, programação que reúne música, dança, teatro e artes visuais, apresentando ao público o resultado das Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010. Todas as atrações têm entrada franca.

O domingo marca a estreia de dois espetáculos: às 11h, Lu Maués apresenta “Os Trágicos da Cidade”, no Anfiteatro da Praça da República, e às 18h será a vez de Marina Mota, com a videodança “Sincronicidade”, no Sesc Boulevard. Às 19h30 será reapresentado o espetáculo “Serpentinas e Poesia”, de Ana Flávia Mendes, na Sala de Dança do IAP.

“Os Trágicos da Cidade” foi criado a partir de uma investigação sobre a cena teatral de rua em Belém, por meio das vivências artísticas dos atores da Entreatos Companhia de Arte, Emerson de Souza, Jhonny Russel, Milton Aires e Lu Maués.

A companhia, que possui em seu repertório espetáculos que muitas vezes colocam o público como protagonista da cena, se propôs a verificar a configuração do teatro de rua em Belém, analisando, inicialmente, espetáculos do próprio grupo, como “O Circo em Família,” “Estórias de Vagalume” e “Carro-céu”.

“Em seguida, iniciamos experimentos com base em conceitos de Brecht, utilizando textos dramáticos e poéticos do autor, como proposição para a criação de cenas de um novo espetáculo”, explica Lu Maués. “Relacionamos a essas experimentações, vivências pessoais e coletivas dos atores”, completa.

Surgiu assim a intervenção de rua “Os Trágicos da Cidade”, que será apresentado como resultado da pesquisa “Soul da Rua - O papel do ator da dramaturgia à cena no teatro de rua em Belém”. A intervenção tem texto de Jhonny Russel e roteiro do elenco.

VIDEODANÇA

A observação do movimento das pessoas, também chamado de “corpo cotidiano”, nas praças da República, Batista Campos e do Carmo, foi o ponto de partida da pesquisa que deu origem à videodança “SincroniCidade”, de Marina Mota, que buscou ressaltar o que poderia haver de sincrônico nesta movimentação e suas articulações com o corpo artístico do bailarino-pesquisador-intérprete.

“As praças”, diz a artista, “são espaços coletivos que refletem formas determinadas de ocupação e apropriação do espaço inerentes às sociedades capitalistas, por isso possuem um caráter simbólico no contexto urbano”. No caso das praças escolhidas, além de marcos importantes para a história social de Belém, são espaços de “respiração” em meio ao ritmo acelerado da vida urbana.

A pesquisa utilizou como meio de apropriação de movimento a mimeses corpórea e, posteriormente, laboratórios sistemáticos de desconstrução das ações pesquisadas com a dança contemporânea.

SERPENTINAS

A obra carnavalesca de João de Jesus Paes Loureiro foi a inspiração para a criação do espetáculo “Serpentinas e Poesia”, que a Companhia Moderno de Dança e o Grupo de Dança Moderno em Cena reapresentam neste domingo, às 19h30, na Sala de Dança do Instituto de Artes do Pará (IAP).

SERVIÇO
Circuito das Artes, com resultado das Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010 do Instituto de Artes do Pará (IAP). Neste domingo (12), às 11h, estreia do espetáculo “Os Trágicos da Cidade”, de Lu Maués, no Anfiteatro da Praça da República. Às 18h, “Sincronicidade” (videodança), de Marina Mota, no Sesc Boulevard. Às 19h30, reapresentação de “Serpentinas e Poesia”, de Ana Flávia Mendes, na Sala de Dança do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica). Todas as apresentações têm entrada franca.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Espetáculo une dança contemporânea e obra de Paes Loureiro



A obra carnavalesca de João de Jesus Paes Loureiro foi o ponto de partida para a criação do espetáculo “Serpentinas e Poesia”, que a Companhia Moderno de Dança e o Grupo de Dança Moderno em Cena estreiam nesta sexta-feira, dia 10, às 19h30, na Sala de Dança do Instituto de Artes do Pará (IAP). O projeto foi contemplado com a Bolsa de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística do IAP e integra a programação Circuito das Artes 2010.

A coreógrafa Ana Flávia Mendes explica que o espetáculo buscou extrair dos poemas de Paes Loureiro musicados e transformados em samba-enredo para o Quem São Eles elementos que pudessem ser trabalhados pela dança contemporânea. Além disso, o espetáculo utiliza em cena elementos carnavalescos como o estandarte.

No processo de construção de “Serpentinas e Poesia” foi trabalhada a musicalização dos bailarinos, orientada por Júnior Cabrali, que assina a direção musical do espetáculo. A encenação tem trilha sonora executada ao vivo pelos músicos Christian Perrotta, J. Pê Cavalcante e pelo próprio Júnior Cabrali.

João de Jesus Paes Loureiro também participou deste processo de produção, assistindo aos ensaios e participando de debates com os bailarinos sobre sua relação com o universo carnavalesco e a criação das poesias que foram transformadas em sambas-enredos.

A relação de Ana Flávia Mendes com o Carnaval vem desde a infância. “Meu tio, Luiz Guilherme Pereira, foi um dos primeiros presidentes do Quem São Eles, na década de 1970, justamente o período em que a obra de Paes Loureiro passou a ser musicada pela escola. Então passei a minha infância ouvindo estas músicas”, diz a coreógrafa. Para ela, a obra carnavalesca de Paes Loureiro ainda é pouco explorada por pesquisas acadêmicas e mesmo pelos artistas.

Ana Flávia Mendes é diretora artística da Companhia Moderno de Dança, criada em 2002. Os 21 bailarinos que participam do espetáculo são integrantes da companhia e também do Grupo de Dança Moderno em Cena, gerenciado pela companhia.

FICHA TÉCNICA
Concepção, pesquisa e direção artística: Ana Flávia Mendes
Direção executiva: Gláucio Sapucahy
Direção musical: Júnior Cabrali
Iluminação: Tarik Coelho
Figurino e adereços de cena: Cláudia Palheta
Músicos: Christian Perrotta, J. Pê Cavalcante e Júnior Cabrali
Elenco: Aline Maués, Andreza Barroso, Arianne Pimentel, Bárbara Dias, Brenda Nunes, Bruna Cruz, Christian Perrotta, Daiane Gasparetto, Danielly Vasconcellos, Deborah Lago, Ercy Souza, Feliciano Marques, Iam Vasconcelos, Luiz Henrique Santana, Luiz Thomaz Sarmento, Luiza Braga, Luiza Monteiro, Nelly Brito, Rayssa Miranda, Suzana da Luz e Wanderlon Cruz.

SERVIÇO: Circuito das Artes, com resultado das Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010 do Instituto de Artes do Pará (IAP). Estreia do espetáculo “Serpentinas e Poesia”, de Ana Flávia Mendes, com a Companhia Moderno de Dança e o Grupo de Dança Moderno em Cena. Nesta sexta-feira, dia 10, às 19h30, na Sala de Dança do IAP (Praça Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica). Reapresentação nos dias 11, 12 e 16 de dezembro, também às 19h30, no IAP. Entrada franca. Informações: 4006-2913/ 2915. http://www.blogdoiap.blogspot.com.