domingo, 12 de dezembro de 2010

Bolsistas do IAP apresentam teatro, dança e videodança


O Instituto de Artes do Pará (IAP) dá prosseguimento ao Circuito das Artes, programação que reúne música, dança, teatro e artes visuais, apresentando ao público o resultado das Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010. Todas as atrações têm entrada franca.

O domingo marca a estreia de dois espetáculos: às 11h, Lu Maués apresenta “Os Trágicos da Cidade”, no Anfiteatro da Praça da República, e às 18h será a vez de Marina Mota, com a videodança “Sincronicidade”, no Sesc Boulevard. Às 19h30 será reapresentado o espetáculo “Serpentinas e Poesia”, de Ana Flávia Mendes, na Sala de Dança do IAP.

“Os Trágicos da Cidade” foi criado a partir de uma investigação sobre a cena teatral de rua em Belém, por meio das vivências artísticas dos atores da Entreatos Companhia de Arte, Emerson de Souza, Jhonny Russel, Milton Aires e Lu Maués.

A companhia, que possui em seu repertório espetáculos que muitas vezes colocam o público como protagonista da cena, se propôs a verificar a configuração do teatro de rua em Belém, analisando, inicialmente, espetáculos do próprio grupo, como “O Circo em Família,” “Estórias de Vagalume” e “Carro-céu”.

“Em seguida, iniciamos experimentos com base em conceitos de Brecht, utilizando textos dramáticos e poéticos do autor, como proposição para a criação de cenas de um novo espetáculo”, explica Lu Maués. “Relacionamos a essas experimentações, vivências pessoais e coletivas dos atores”, completa.

Surgiu assim a intervenção de rua “Os Trágicos da Cidade”, que será apresentado como resultado da pesquisa “Soul da Rua - O papel do ator da dramaturgia à cena no teatro de rua em Belém”. A intervenção tem texto de Jhonny Russel e roteiro do elenco.

VIDEODANÇA

A observação do movimento das pessoas, também chamado de “corpo cotidiano”, nas praças da República, Batista Campos e do Carmo, foi o ponto de partida da pesquisa que deu origem à videodança “SincroniCidade”, de Marina Mota, que buscou ressaltar o que poderia haver de sincrônico nesta movimentação e suas articulações com o corpo artístico do bailarino-pesquisador-intérprete.

“As praças”, diz a artista, “são espaços coletivos que refletem formas determinadas de ocupação e apropriação do espaço inerentes às sociedades capitalistas, por isso possuem um caráter simbólico no contexto urbano”. No caso das praças escolhidas, além de marcos importantes para a história social de Belém, são espaços de “respiração” em meio ao ritmo acelerado da vida urbana.

A pesquisa utilizou como meio de apropriação de movimento a mimeses corpórea e, posteriormente, laboratórios sistemáticos de desconstrução das ações pesquisadas com a dança contemporânea.

SERPENTINAS

A obra carnavalesca de João de Jesus Paes Loureiro foi a inspiração para a criação do espetáculo “Serpentinas e Poesia”, que a Companhia Moderno de Dança e o Grupo de Dança Moderno em Cena reapresentam neste domingo, às 19h30, na Sala de Dança do Instituto de Artes do Pará (IAP).

SERVIÇO
Circuito das Artes, com resultado das Bolsas de Pesquisa, Experimentação e Criação Artística 2010 do Instituto de Artes do Pará (IAP). Neste domingo (12), às 11h, estreia do espetáculo “Os Trágicos da Cidade”, de Lu Maués, no Anfiteatro da Praça da República. Às 18h, “Sincronicidade” (videodança), de Marina Mota, no Sesc Boulevard. Às 19h30, reapresentação de “Serpentinas e Poesia”, de Ana Flávia Mendes, na Sala de Dança do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica). Todas as apresentações têm entrada franca.

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